Você se sente responsável pelo seu destino?
Você se sente responsável pelo seu destino?

Você se sente responsável pelo seu destino?

Quando eu tinha 26 anos eu trabalhei em uma empresa com sujeitos cheios de diplomas, mais velhos do que eu. E nós falimos. (…) Aprendi muito. Basicamente, naquela época a maior lição foi que todos nós queríamos fazer grandes negócios e ninguém queria tocar a retaguarda da empresa. Aprendi que você pode fazer grandes negócios, mas tem que estar com a casa em ordem. (…) Tomamos alguns riscos grandes demais. Na compra da Anheuser-Busch, nos endividamos em 54 bilhões de dólares, o mercado financeiro estava em pânico, mas saiu tudo bem. Mais tarde tomamos um grande risco comprando a SAB Miller, que era a segunda maior cervejaria do mundo. Compramos basicamente porque ela era dona do mercado africano. O mercado africano o pessoal hoje não dá muito valor, mas tem 1 bilhão de população e terá 2 bilhões em 20 anos. Mercado de gente jovem, países de muito calor. É um mercado para cerveja. A África é meio confusa, mas vai se organizar. Tomamos um risco grande, estamos devendo 100 bilhões de dólares e estamos suando pra pagar, mas vamos sair dessa e a ABI (ABInbev) vai ser uma empresa muito grande daqui 30, 40 anos. (…) Recentemente tivemos um sonho grande de construir o que fizemos com cerveja, na área de comida, com a Kraft Heinz. O sonho não andou como queríamos e temos que consertar. O sonho grande não permanece, não é mais possível construir algo tão grande quanto a parte cervejeira na área de comida, mas há cinco, seis anos, nós não sabíamos disso. Tentamos, não deu certo e vamos tocar pra frente, sempre tentando melhorar e construir mais.

Esta reflexão do “Grandes Lições de Jorge Paulo Lemann” ajuda a explicar a importância do Locus de Controle, conceito introduzido pelo psicólogo norte-americano Julian Rotter, e no qual ensina como a percepção das pessoas impacta sobre os seus sucessos e fracassos.

Locus é uma palavra em latim que significa “lugar” e, segundo Rotter, há pessoas com locus de controle interno e outras com locus de controle externo. As primeiras são pessoas que acreditam estarem no controle de suas vidas, assim, agem por conta própria quando precisam lidar com problemas que lhes ocorrem nos mais diversos campos e entendem o resultado como um fim de seus esforços e competências. Já as pessoas com predominância da postura de locus de controle externo creem que seu campo de influência é muito pequeno e não se veem como responsáveis das próprias vidas. Acreditam que o ocaso, a sorte ou azar, o destino, e/ou Deus … são responsáveis por tudo – de bom ou de ruim – que lhes acontece.

Assim, as pessoas com locus de controle interno tendem a se responsabilizar por seus sucessos e fracassos, aprendendo com estes e comemorando com os outros; criam situações que lhes tragam mais autoconfiança e motivos para serem felizes. Já os com locus de controle externo, quando conseguem o que querem, não têm motivos para comemorar, por não terem sido eles os responsáveis pelo resultado e, quando fracassam, se vitimizam, buscam culpados e justificativas.

David Neelman – “Reze como se tudo dependesse de Deus e funcionasse como se tudo dependesse de você. Você precisa se levantar e fazer acontecer.”

Aqueles com um locus de controle interno:

  • Tendem a ser menos influenciados pela opinião de outras pessoas
  • Muitas vezes, fazem melhor as tarefas quando estão autorizados a trabalhar em seu próprio ritmo
  • Costumam trabalhar duro para alcançar as coisas que querem
  • Sentem-se mais confiantes diante dos desafios
  • Parecem ser mais felizes e mais independentes

Aqueles com um locus de controle externo:

  • Culpam forças externas por seus resultados
  • Muitas vezes dão crédito a sorte ou as oportunidade por seus sucessos
  • Não acreditam que podem mudar a sua situação através de seus próprios esforços
  • Frequentemente se sentem inúteis ou impotentes diante de situações difíceis
  • têm a tendência a não lidar bem com os erros

E você, tem comemorado as suas realizações? Ou tem arrumado muitos culpados, fica só no … “ó vida ó azar ó tristeza” … se vitimizando e/ou elegendo culpados?

Na outra 4a comentarei outras citações e como ela nos afeta.

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